domingo, 31 de maio de 2020

CALIFORNIA - 21 DIAS FANTÁSTICOS DE CARRO!

JULHO 2015

    Ir a Califórnia sempre me pareceu algo muito relaxante, como ir passar as férias na praia. E ela tem praias lindas! Pena que a água é fria... Resolvemos passar as férias em família nesse local incrível, de beleza singular, com praias lindas, vistas incríveis e comida deliciosa. Dirigir pela Big Sur te leva a locais de tirar o fôlego.
    Pra quem vai fazer a viagem de carro, como nós fizemos, a dica é ir descendo em direção ao Sul e não o inverso. Chegamos por San Francisco e voltamos por San Diego. Há 2 maneiras de fazer a viagem - pela Highway 1 (autopista - trajeto mais rápido, porém, sem as vistas maravilhosas) e pela Califórnia State Route 1 (trajeto mais longo, mas com vista para o litoral - você vai por cima das falésias!). E muitos perguntam: mas porque para o Sul e não para o Norte? É que as vistas estonteantes ficam sempre do lado direito de quem está descendo. Todos os mirantes são do lado de quem está indo para o Sul. Quando você vem no sentido inverso, você precisa cruzar a Big Sur para parar nos mirantes e com isso perde alguns momentos indescritíveis que tivemos ao fazer uma curva e ver a lindeza do oceano, sem estarmos esperando. Além de que, nem sempre será permitido ou será seguro fazer essa parada quando se vai em direção ao Norte. Eram tantas paradas para foto que a gente achava que nunca ia conseguir cumprir a meta do dia. Mas conseguimos e adoramos. Faria tudo outra vez! A viagem exigiu muitos meses para preparação do roteiro e muitos cálculos de quilometragem, para saber o que era possível fazer em 01 dia. Como era alta estação, não podíamos correr o risco de chegar em uma cidade e não ter hospedagem (estávamos com 02 idosos e 02 crianças), por isso, não deu pra simplesmente sermos levados pelas belezas naturais. Saímos com todos os hotéis reservados e um roteiro pre-estabelecido.



Esta é a Bir Sur. 

    Eu estava encantada, pois mais uma vez estaria viajando junto ao Oceano Pacífico. No entanto, lá estava eu novamente em um local com alto risco de terremotos! E pra mim isso é sempre tenso. Mas, se for assim, a gente não conhece as belezas do mundo. Então a gente pensa que a felicidade proporcionada pela viagem vale o risco. 
    Já faz algum tempo que não acontecem terremotos grandes na Califórnia. Acho que os piores foram o de 1906 (8.0 na escala Richter) que arrasou San Francisco e em 1989 (7.1 na escala Richter) também em San Francisco e ainda 1994 (6.7 na escala Richter) em Los Angeles. No entanto, tremores menores (2 a 3 pontos na escala), acontecem com frequência na Califórnia, pois ela se localiza em cima da falha tectônica de San Andreas. Por uma questão de proteção, a maioria das construções são de drywall (coisas leves, aumentam a chance das pessoas sobreviverem) e as rodovias possuem uma camada de borracha, para dar flexibilidade maior. A Califórnia vive na expectativa da ocorrência do maior terremoto de todos (the big one) que de acordo com os estudos, deve arrasar a cidade de Los Angeles. Sendo assim, vamos aproveitar o lugar e rezar pra nada acontecer! Na nossa estadia, não sentimos um único abalo sísmico! 
    A Califórnia é Estado mais populoso dos EUA, sendo o terceiro Estado em área territorial. A capital da Califórnia é a cidade de Sacramento. Os espanhóis foram o primeiro povo a colonizar a área onde fica o Estado da Califórnia e após a independência mexicana, ela se tornou parte do México. Os americanos anexaram a Califórnia aos EUA em 1850, depois de uma guerra com o México. Por isso tantas cidades da Califórnia têm seus nomes em espanhol. O litoral da Califórnia possui  1.352 Km de extensão. 
    Nós viajamos 1.137 Km pela Califórnia State Route 1, nesses 21 dias que vou contar pra vocês. Aqui vocês vão encontrar um resumo do roteiro, mas vou fazer postagens diferentes para cada etapa da viagem, pra facilitar a leitura e a pesquisa dos interessados. Alugamos um carro de 8 lugares e seguimos nossa aventura. 
    Nosso vôo foi bem cansativo. Partiu de Recife pela American Airlines, com duas escalas: a primeira em Miami, com 6 horas de duração e onde fizemos o processo de imigração, a segunda no aeroporto internacional de Dallas/Fort Worth com apenas 1 hora de duração. Depois o último vôo, com destino a San Francisco, totalizando 22 horas de vôo até o nosso destino final. Nosso vôo de volta partiu de San Diego, com parada apenas em Miami.

Vista aérea do Aeroporto Internacional de San Francisco

    Chegando em San Francisco, pegamos nosso carro alugado ainda no aeroporto. O aeroporto de Internacional de San Francisco (SFO) foi premiado várias vezes como o melhor das Américas desde 2012. Ele fica localizado 21 Km ao Sul da cidade de San Francisco. Alugamos o carro sem GPS porque levamos o nosso. Toda vez que viajamos para os EUA, ao chegarmos, compramos logo os chips para os celulares (sim-card) e gostamos muito da T-mobile. Eles têm planos familiares que saem muito mais baratos que usar os planos oferecidos pelas operadoras do Brasil com roaming internacional. Pra adquirir esses chips, só precisamos ter celular desbloqueado. Lembrar de guardar o seu chip para o retorno! 

ROTEIRO RESUMIDO COM AS ETAPAS DA VIAGEM: 
        - San Francisco e arredores (5 dias)
        - Monterey (1 dia) 
        - Carmel /Morro Bay (1 dia)
        - Los Angeles e arredores (4 dias) 
        - Pasadena/Anaheim (3 dias) 
        - Carlsbad (2 dias)
        - San Diego (3 dias)
        - Miami (1 dia)

    Claro que essa viagem merecia muito mais dias e com muito mais tempo para dedicar aos bons momentos que tivemos. Conhecemos lugares incríveis e indescritíveis. Comemos bem. Tivemos uma das melhores férias em família. Deixo o registro para que outras famílias possam aproveitar e fazer o mesmo, usando nosso roteiro como base. Como sempre digo, tem sempre que ficar alguma coisa sem visitar pra querermos voltar para os lugares! E prometo que voltaremos!
    Agora clica lá nos outros posts dessa viagem pra saber mais detalhes!
    


sexta-feira, 29 de maio de 2020

Vale Sagrado Inca

Março 2015

    E chegávamos ao final da nossa incrível viagem ao Peru. Já tínhamos passado por muitos lugares fascinantes desde Lima até Machu Picchu e não esperávamos mais ser surpreendidos. A cada dia que passava, tínhamos a certeza maior de que essa viagem foi mesmo perfeita. 
    Para cumprir nosso roteiro ainda tínhamos um dia inteiro dedicado à conhecer o Vale Sagrado dos Incas. Nosso guia nos buscou no hotel logo cedo e partimos rumo a Awanakancha

    Awanakancha é um projeto criado para manter e valorizar a cultura imaterial da civilização peruana. A ideia era ser um centro de exposição de animais originários na região (os camelídeos sul americanos). O projeto tem sua sede próximo à Pisac. Lá aprendemos sobre as Llamas, Alpacas, Vicuñas e Guanacos; sobre os diferentes tipos de batatas e milhos cultivados na região. Sobre como as lãs obtidas dos camelídeos são tingidas naturalmente e de onde derivam as cores tão vivas das roupas típicas do local.  



Tivemos a chance de alimentar os camelídeos.









Ervas utilizadas para colorir os tecidos. 

Lãs depois de coloridas, aguardando secagem para serem enoveladas.


Aula de tingimento das lãs.



Tecelagem local


Diferentes variedades de milho e batata cultivados na região


Diz a lenda que para casar, a mulher precisa saber descascar uma batata como essa, sem ferí-la...



Nosso grupo de excursão ao Vale Sagrado Inca. 

    E chegamos a Pisac. Localizada a 38 Km da cidade de Cusco. Visitamos apenas a parte colonial da vila, não indo até as ruínas Incas. A cidade tem um comércio intenso e provamos um pão artesanal espetacular. 




Cuy (porquinho da ìndia), normalmente se come assado. 













Saindo de Pisac, fomos almoçar no restaurante Tunupa, no Vale Sagrado. A comida era um self service dversificado com comida típica peruana e o local dispunha de uma imensa área verde, muito agradável, às margens do Urubamba, para descansarmos antes de seguir viagem. 

















Após o almoço, seguimos para Ollantaytambo, que é um parque arqueológico Inca à cerca de 90 Km de Cusco. É conhecida como a "cidade Inca viva". Essas terras eram reservadas para a dinastia dos governantes Incas. A palavra tem origem aimara e significa "lugar de observação à partir de baixo". O local foi construído no século XV pelo Imperador Inca Pachacutec. Ollantaytambo era um importante centro religioso, agrícola e militar. Em 1537 o local foi conquistado pelos espanhóis. 


Na entrada do centro arqueológico visitamos a feira do artesanato local. 



E como durante toda a viagem, ficamos impressionados com imponência da construção e com a magnífica engenharia utilizada no século XV em um local de acesso tão difícil. 





    Os terraços agrícolas são um dos melhores exemplos de engenharia agrícola desenvolvidos pelos Incas. Eles tem 700 metros de comprimento, 58 metros de largura e 18 metros de profundidade. Tudo é construído em relação à posição do sol e do ambiente natural. As plataformas criam microclimas particulares que permitem o cultivo de diferentes produtos em áreas mais baixas ou mais altas. 


Templo do sol












E terminávamos o passeio, com a certeza de que tudo valeu à pena! 


    E com esse dia maravilhoso, nos despedíamos desse país encantador. O Peru conquistou nossos corações. Esperamos voltar em breve. O povo peruano é simples e acolhedor. Um povo sofrido que não esqueceu as suas origens. 
    A viagem só tem um adjetivo para descrevê-la: FANTÁSTICA!
    Retornaremos à Cusco, onde ainda teremos uma manhã de despedidas.