domingo, 26 de julho de 2020

LONDRES - ROTEIRO DE 10 DIAS INCRÍVEIS

JANEIRO 2020

    Ir a Londres com esse grupo incrível de amigos prometia ser tudo de bom. Londres é uma cidade cosmopolita e assim sendo, sempre tem coisas que a gente não consegue fazer, pra ter certeza de que vai voltar. Eu, particularmente, amo ir à Londres. A cidade é incrível!
    A primeira parte desse roteiro foi de 5 dias maravilhosos em Lisboa e seus arredores. E agora as expectativas estavam elevadas para nosso passeio na Inglaterra.  Montar um roteiro em Londres que fosse satisfatório para 4 adultos e 6 adolescentes não foi fácil. Mas nosso extenso planejamento ajudou muito e o roteiro foi previamente aprovado por todos. 


    
    Existem voos diretos do Brasil até Londres, mas estávamos chegando de Lisboa. Num vôo de apenas 3 horas de duração. Londres possui 6 aeroportos diferentes. Por isso, na hora de comprar a passagem é preciso ficar bem atento. Vou explicar um pouco sobre cada um deles. 
    1. London  Heathrow Airport (LHR): é um dos aeroportos mais movimentados do mundo. Possui 5 terminais, sendo o terminal 2 que recebe os vôos das companhias da Star Alliance. Ele fica a 26 Km do centro de Londres. É possível chegar no centro de Londres de metrô através da linha Piccadilly; de trem a partir da estação Paddingnton; ou de ônibus. 
    2. London Gatwick Airport (LGW): É o segundo aeroporto mais movimentado da Inglaterra, mas possui apenas 2 terminais. O terminal norte opera principalmente com os vôos da EasyJet. Ele fica um pouco mais afastado do centro (48 Km). É possível chegar lá de trem a partir da estação St Pancras e de Victoria Station ou de ônibus. Mas a forma mais econômica de ir do aeroporto até o centro, é através dos ônibus da EasyJet (a partir de 2 libras) e não é preciso ser passageiro da EasyJet para usufruir do serviço. 
    3. Stansted Airport (STN): Também fica um pouco afastado do centro de Londres (48 Km). Ele é base para companhias Low cost, sendo a maior base da Ryanair e é muito utilizado por jatos privados. É possível chegar ao centro através do trem que vai até a estação Liverpool Street e através do serviço de ônibus.
     4. London Luton Airport (LTN): Fica ao norte de Londres e é base de companhias Low Cost. Fica a 50 Km do centro de Londres. Para chegar é preciso fazer um combo de trem + combo até a estação St Pancras.
    5. London City Airport (LCY): é o aeroporto mais perto do centro de Londres e tem uma pista única de 1500m de comprimento. É usado para jatos particulares e fica apenas a 11 Km do centro. 
    6. London Southend Airporto (SEN):  Fica a 68Km de distância do centro de Londres e opera vôos da EasyJet e de uma companhia irlandesa.  Chega-se de trem que para em London Stratford e London Liverpool Street. 
    Nós chegamos pelo aeroporto de Heathrow e saímos pelo Gatwick e fizemos a opção de contratar um transfer que nos levou diretamente ao hotel. Fizemos o transfer com a Queen Elizabeth Turismo, com o Fernando Gracio (@queenelizabeth_turismo ou pelo zap +44 7704660314). O transfer foi tão profissional que incluímos outros passeios com eles durante nossa estadia. 

    A imigração em Londres sempre é muito formal e mais chatinha. A fila é enorme e os funcionários não se apressam porque a fila é grande. Seremos atendidos quando for conveniente. Brasileiros não precisam de visto para o Reino Unido e podem ficar até 90 dias, mas precisa de um passaporte válido por no mínimo 6 meses. É necessário apresentar a passagem de volta, reservas de hotel para todo o período da viagem ou carta convite do seu anfitrião (caso fique hospedado com algum amigo), seguro viagem, dinheiro vivo e cartão para a estadia. E ainda vão fazer algumas perguntinhas de checagem. 

    Ficamos hospedados no Duke of Leinster Hotel (20, Leinster Gardens) , perto do Palácio de Kensigton. Um hotel simples, na zona 1, na região de Notting Hill a 600 m da estação de metrô Queenway e 900m da estação de Paddignton. Uma área residencial bem agradável. 



    O transporte público de Londres é muito fácil de usar. Nós usamos apenas o metrô. O metrô é chamado de Tube ou Undergound e é o mais antigo do mundo (inaugurado em 1863) e também um dos mais extensos (402 Km). As estações não são as mais limpas e encontramos muitos roedores por lá! São 11 linhas diferentes e 270 estações. Para andar no Tube é necessário adquirir um cartão chamado de Oyster e que é recarregável. Pode ser adquirido nas bilheterias e nas máquinas.  Ele custa 5 libras, e quando vamos embora, devolvemos o cartão na máquina do metrô e somos reembolsados.  Há 2 modalidades de uso - pay as you go e as tarifas mensais ou semanais. 
    É preciso passar o cartão nas catracas da estação para entrar e para sair. Pois a tarifa é proporcional à distância percorrida e se você não passar na saída ele pode te cobrar uma multa na sua próxima entrada. Em todas as estações tem funcionários solícitos para ajudar.  Para conhecer as atrações principais de Londres e ir até Greenwich, utiliza-se apenas a zona 1 do metrô (tarifa mais barata). Como íamos ficar 10 dias na cidade, fizemos o top up (recarga) para 7 dias e depois usamos na modalidade pay as you go. Nessa modalidade, o máximo que se desconta são 3 passagens no dia. Se você usar mais que isso, não será tarifado. 
    


    Fique atento na hora de subir no vagão. Mais de uma linha para no mesmo lugar e é preciso olhar no visor qual o trem que está parado antes de subir! E acostume-se logo à frase: Mind the gap! Pois existe um espaço entre a plataforma e o trem. 

    A moeda do Reino Unido é a Libra Esterlina, em inglês British Pound, Pound Sterling ou simplesmente Pound. Os centavos são chamados de penny no singular e pence no plural, e se usa a letra p para os centavos. As cédulas vem em notas de £5, £10, £20 e £50 e as moedas são de 1p, 2p, 5p, 10p, 20p, 50p, £1 £2. A maioria das compras lá é feita com cartão de crédito ou débito. Inclusive tivemos bastante dificuldade para trocar e usar nossas cédulas. Levamos cédulas de £50 e nossa primeira compra foi o Oyster Card. Mas a máquina do metrô só aceitava notas de no máximo £20. E a gente não queria gastar no cartão de crédito devido ao IOF e variação cambial. Então tentamos ir a um banco, mas ele só trocava dinheiro para clientes. E então tivemos a ideia de ir em uma casa de câmbio ao lado do banco, contei nosso desespero e eles trocaram o suficiente para podermos comprar e carregar os Oyster cards. Também enfrentamos essa dificuldade em algumas lojas e fast food por onde passamos. Então já fica a dica: não leve as cédulas de £50 pra não passar o perrengue que passamos. Já peça pra trocarem na casa de câmbio do Brasil.  Depois descobri que a dificuldade acontece porque as de £50 são mais fáceis de ser falsificadas, as de £5, £10 e £20 são notas mais novas, de plástico e com vários itens de segurança. 
    
    Usamos o mesmo chip de celular da Vodafone que adquirimos em Portugal. 

    Apesar de ser final de janeiro, não pegamos temperaturas negativas e não pegamos muitos dias de chuva. Londres é mais fria que Lisboa. Lisboa serviu como aclimatação e Londres terminou sendo agradável, com temperaturas entre 5 e 12°C.

    Outra dica importante, como no trânsito de Londres é tudo invertido em relação ao Brasil, sempre olhe para os 2 lados antes de atravessar a rua, pois não somos acostumados e os carros vem sem esperar um turista desavisado. Os acidentes são comuns. E nas ruas tem sempre o aviso: Look Left ou Look Right
    Ah! Quase ia esquecendo, não vá a Londres sem antes baixar o aplicativo Citymapper. Ele dá todas as opções para o deslocamento e foi fundamental para a gente não se perder no metrô. 

      Vou primeiro explicar a parte geral do nosso roteiro e depois conto pra vocês com detalhes todos os nossos passeios. Você pode clicar nos links e ir direto para a parte que te interessa ou fazer toda a viagem conosco!

        Dia 1: Londres
        Dia 2: Londres
        Dia 3: Liverpool
        Dia 4: Londres e Greenwich
        Dia 5: Londres
        Dia 6: Bath e Stonehenge
        Dia 7: Londres
        Dia 8: Londres e Warner Studios
        Dia 9: Windsor e Oxford
        Dia 10: Londres

E ai? Prontos pra passear com a gente?

DIA 1 - LONDRES
    E chegamos de Lisboa, super ansiosos por tudo que nos esperava. Depois de 3 horas de vôo e mais umas 3 horas de imigração e deslocamento até o hotel, estávamos prontos pra passear. Logo no primeiro dia pegamos uma chuva fina e um friozinho maior que em Lisboa. E quando chegamos no centro de Londres, já era praticamente noite e estávamos bem cansados. Então demos uma volta no Soho e em Picadilly e voltamos para o hotel. A partir do dia seguinte a gente precisava de muita energia para caminhar!





    E demos aquela passadinha básica em Piccadilly Circus.  Piccadilly é uma famosa praça de Londres onde se cruzam as ruas: Regent Street, Shaftsbury Avenue, Piccadilly e Haymarket. É uma das zonas mais movimentadas da capital britânica. O local é cheio de comércio, bares e restaurantes. E tem um enorme e conhecido letreiro luminoso. 



Jantar rápido no Five Guys  

DIA 2 - LONDRES

    Começamos o dia indo ao mais novo ponto de observação de Londres. Um moderno edifício localizado na 20, Fenchurch Street, e que pela sua forma peculiar, recebeu o apelido carinhoso de walkie-talkie. O sky garden é um jardim de inverno localizado no último andar desse edifício (35º andar), que na verdade é apenas um prédio comercial no centro financeiro de Londres. A entrada é gratuita, mas é preciso fazer reserva no site oficial e passar por todo um protocolo de segurança antes de subir. As reservas precisam ser feitas com pelo menos 3 semanas de antecedência, pois o local é bem concorrido, principalmente se no horário do por do sol. É possível ficar no local por até 1 hora, mas não vi nenhum tipo de fiscalização para o horário de saída. O jardim ocupa os 3 últimos andares do prédio, que ainda tem um incrível deck de observação (claro que no deck faz um frio daqueles!). Além da vista, o local tem ainda dois restaurantes, uma lanchonete dois bares. Achei o local incrível! 
 

Térreo do Sky Garden 

Vista do deck de observação




No jardim tem vários locais para sentar e relaxar, num ambiente confortável e bem planejado. 



Nas laterais há escadas que nos levam aos níveis superiores.


    À medida que vamos subindo vamos vendo vistas cada vez mais incríveis da cidade através dos janelões de vidro. Do lado leste a Torre de Londres e a famosa ponte Tower Bridge. Do lado oeste, é possível avistar London Eye e Westminster Palace. Lugar altamente recomendável e visto que tudo em Londres é caro, lembrem-se que aqui não se paga para entrar!


    Saindo do Sky gardens, caminhamos por cerca de 1 Km até Tower Bridge. Caminhada tranquila pelo distrito financeiro, com seus prédios belíssimos. 



    No caminho paramos para fotografar esse belíssimo prédio que abriga o hotel de luxo Four Season Trinity Square. Esse prédio já foi o Port of London Authority Building (1922) e lá no topo de sua torre principal é possível ver a estátua do Imperador Romano Trajano.



    E visitamos o Trinity Square Gardens. Esse belo e romântico lugar ocupa hoje o local do antigo cadafalso da Torre de Londres, onde mais de 125 pessoas foram executadas. Hoje o local possui um lindo memorial em homenagem aos mais de 24.000 homens da marinha mercante que morreram nas 2 grandes guerras mundiais. 


    Passamos pelas muralhas da Tower of London. A Torre de Londres é um palácio às margens do Rio Tamisa, fundado por volta de 1066 e é considerada pela população como um símbolo da opressão infligida pela elite governante. O castelo foi utilizado como prisão de 1100 até 1952 e era símbolo de terror. Lá eram presos todos aqueles que ofendiam o monarca. A maioria dos presos vivia sob péssimas condições e não sobrevivia ou eram torturados antes de serem executados.  Uma das pessoas  executadas nesse local foi Ana Bolena. Atualmente, é uma atração turística bem concorrida e abriga as Jóias da Coroa. 





    E continuamos nossa caminhada até a Tower Bridge, que é a ponte da Torre de Londres. Ela é uma ponte báscula, construída sobre o Rio Tâmisa, inaugurada em 1894. A ponte é um charme e um lugar repleto de turistas. A ponte está funcionamento até hoje e continua abrindo e fechando para a passagem de grandes embarcações do comércio fluvial londrino. A diferença é que agora os mecanismos não são movidos à vapor, como no início.  A Tower Bridge já foi cenário de inúmeros filmes hollywoodianos como 007, Bridget Jones, Tomb Raider, Missão Impossível e Homem Aranha. 





    Da Tower Bridge é possível ver ao longe o distrito financeiro de Londres. É possível entrar na torre e visitar um exposição permanente sobre sua história e ver a belíssima vista do alto e as passarelas que ligam as 2 torres. Nós não visitamos. 




    Cruzamos a ponte à pé, e sem subir na passarela. E caminhamos pelo South Shad Thames, que é um calçadão da orla do Tâmisa e que permite uma visão incrível da Tower Bridge. O Shad Thames é uma área nas margens do rio Tâmisa, que no século XIX era ocupada por inúmeros armazéns. Atualmente a área foi revitalizada e abriga prédios modernos e vários restaurantes. 



Este prédio moderno é onde fica atualmente a Prefeitura de Londres (London City Hall).



    A caminhada é bem interessante e não é cansativa. Andamos por cerca de 1,5 Km pelo calçadão do Shad Thames, até próximo à London Bridge (primeira ponte construída unindo as duas margens do rio), e chegamos no Borough Market - onde tínhamos combinado de almoçar. 


    A visita ao Borough Market é um programa delicioso. É o mercado de hortifruti mais antigo e mais famoso de Londres. As primeiras menções a esse mercado datam de 1276, mas o próprio mercado declara que existe desde 1014. Nesse tempo todo, já passou por muitas transformações. No mercado, além dos hortufruti, é possível provar queijos diversos e adquirir frios, frutos do mar, geleias, doces, bolos, pães diversos e ainda frequentar vários restaurantes. 











Comemos aqui um delicioso sanduíche prensado e um raclette com batatas. 


De barriga cheia, continuamos nossa caminhada exploratória da cidade. 



    Olha o museu que a gente achou enquanto caminhava pelas ruas de Southwark - The Clink Prison Museum. O local era uma prisão que funcionou de 860 até 1780. Esta prisão era para os moradores que não pagavam os devidos impostos ao Bispo de Winchester. Ela é provavelmente a prisão mais antiga da Inglaterra. O nome do local é apenas uma onomatopeia, derivando do som do metal quando se trancava a porta das celas da prisão. O nome então virou uma gíria que significa prisão. O museu tenta recriar as condições da prisão original. 



    O Shakespeare Globe é a reconstrução de um teatro para o qual Shakespeare escrevia suas peças, em Southwark, na margem do Sul do Rio Tamisa. O teatro original foi construído em 1559 e destruído pelo fogo em 1613, reconstruído em 1614 e então demolido em 1644. A reconstrução atual é considerada bem realística, embora muitos requisitos de segurança tenham sido adicionados e foi aberta ao público em 1997. A visitação do local é permitida com a compra de ingressos. Nós não entramos porque achamos o preço bem salgado. As informações sobre horário e preços podem ser encontradas no site oficial do Shakespeare Globe. 


     Na frente do Shakespeare Globe está a Millennium Bridge e começamos a avistar St Paul Cathedral. A Millennium Bridge é uma ponte suspensa, usada apenas para pedestres. Inaugurada no ano 2000, ela une as zonas de Bankside com London City. Antes dela, a última ponte construída na cidade tinha sido a Tower Bridge, em 1894. Agora vem as curiosidade culturais: (1) essa ponte é destruída pelos Comensais da Morte no início do filme Harry Potter e o enigma do príncipe; (2) ela é um dos cenários do planeta Xandar, em Guardiões da Galáxia; (3) Na série Black Mirror, ela aparece no fim do primeiro episódio. 







    E fomos em direção à Saint Paul Cathedral. A Catedral anglicana é a sede do Bispo de Londres. Foi nessa catedral que o Príncipe Charles casou com a Lady Diana Spencer. e aconteceu o funeral de Winston Churchill. É aqui que ocorrem algumas das cerimônias oficiais da família Real da Inglaterra. No ano 604 d.C. ela foi erguida, toda em madeira e foi destruída por um incêndio em 1087. A segunda versão foi destruída pelos vikings alguns anos depois. Foi novamente destruída por um incêndio em 1666. Foi então restaurada e reconstruída por Christopher Wren, acrescentando-se a atual fachada, inaugurada em 1711. A catedral abriga cerca de 200 tumbas memoriais do Império Britânico e vários túmulos de notáveis cidadãos britânicos. Para os dispostos a subir 633 degraus, é possível visitar a cúpula da catedral e ter uma vista incrível de Londres. St Paul ainda tem uma cripta cuja visitação é permitida. Na cripta, são conservados fragmentos dos templos anteriores e de diferentes monumentos e memoriais. A catedral é linda e é imperdível para os amantes da história da humanidade. 
    Para os que gostam de cinema, a catedral foi imortalizada pela senhora que alimentava os pombos em Mary Poppins (1964), também apareceu nos filmes Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban (a escadaria para aula de adivinhação é a escadaria geométrica de uma das torres da catedral), Sherlock Holmes (2009), Missão impossível, Paddington 2 e está no livro e filme do Código Da Vinci.
    É permitido fotografar o interior da catedral (sem flash, sem tripé, sem pau de selfie), mas não é permitido filmar. Os ingressos de St Paul Custam £20 mas valem o preço. Durante as missas e eventos religiosos é possível entrar na igreja, mas não é permitido fotografar. Não deixem de ir!








Cripta de St Paul Cathedral


Simplesmente adoramos a visita da catedral. 

    Após a visita de St Paul Cathedral, fomos a Parliament Square. A praça fica perto do Palácio de Westminster e é circundada por vários monumentos incríveis: Houses of Parliament, Supreme Court, Westminster Abbey, Big Ben, London Eye. O lugar é bem movimentado e interessante. Na praça existem 12 estátuas de estadistas e indivíduos notáveis. Além de ser ponto turístico, é o local de muitas manifestações e protestos.  Inclusive em alguns dias seria lá que ocorreria o Brexit (saída oficial do Reino Unido da União Européia). 





    As 11 estátuas da Praça do Parlamento Inglês, eram homens, até a adição de Millicent Fawcett em 2018. A sufragista foi homenageada com sua estátua no centro de Londres - Fawcett lutou pelo direto de voto das mulheres. Ela fundou a união das mulheres sufragistas em 1897.





    Uma pena que o famoso Big Ben estava em reforma. Vocês sabem que Big Ben não é o relógio como todos chamam? Big Ben é o sino que foi instalado na torre do relógio do palácio de Westminster em 1859. A estrutura é oficialmente conhecida como Elizabeth's Tower, rebatizada para comemorar o jubileu de diamantes (60 anos da coroação) da Rainha Elizabeth II. Antes a torre era conhecida apenas como The Clock Tower. A edificação possui o segundo maior relógio de quatro faces do mundo e tem 96 metros de altura. A torre vem sofrendo uma inclinação progressiva de 0,9 milímetros por ano desde 2003, por razões desconhecidas. Em agosto de 2017 a estrutura entrou em fase de restauração e o relógio foi desativado. A reforma inclui a reparação da torre e a instalação de um elevador, como alternativa aos 334 degraus existentes no local. A previsão de reabertura é 2021.




    Bem pertinho da praça do parlamento, avistamos o London Eye. Ela também é conhecida como Millennium Wheel e é apenas uma roda gigante de observação. Sua inauguração (na virada do milênio) foi polêmica, porque as cabines não tinham sido aprovadas pela segurança e ela girou, sem visitantes, nos últimos minutos de 1999. É possível adquirir diferentes pacotes para passear na estrutura, mas não foi algo que nos deu vontade de fazer. Os preços (iniciam em £25) e os horários podem ser vistos no site oficial da London Eye.


    A cabine telefônica de Londres é um dos ícones da cidade. É reconhecida em todo o mundo. Vocês sabiam que o desenho dela foi inspirado em um mausoléu??? O mausoléu de Sir John Soane, na St Pancras Churchyard (foto a seguir). Ela foi lançada em 1936 para celebrar o jubileu de prata do Rei George V, avô da Rainha Elizabeth II. A modernidade tem sido um desafio para estas cabines telefônicas, pois com o surgimento do celular, elas estão entrando em desuso. Elas diminuíram em número, mas não correm o risco de desaparecer. Algumas foram transformadas em caixas eletrônicos e em pequenas bibliotecas. Atualmente, empresas de internet disponibilizam sinal de wi-fi gratuito para a população a partir dessas cabines. Que legal essa história de se reinventar, sem desmerecer o passado, né?
 
Fonte de inspiração para as cabines telefônicas londrinas

    E vocês acham que nosso dia acabou? Claro que não! Jantamos no Bubba Gump de Piccadilly Circus, pois a gente ainda tinha uma peça de teatro pra assistir!  Atendimento nota 10 e não tivemos problema para ter o nosso dinheiro aceito. 




    Wicked é um musical que conta a história do mágico de Oz através da perspectiva das bruxas. É um musical delicioso que está em cartaz no Apollo Victoria Theatre desde 2006. O mesmo musical estreou na Broadway em 2003. O musical prova ao público que "nem sempre as coisas são o que parecem ser".  Nos divertimos bastante. Atenção aos que viajam com crianças pequenas: o musical é indicado a partir dos 7 anos de idade e crianças menores de 3 anos não são aceitas no teatro. O musical dura 2 horas e 45 minutos e inclui um intervalo de 15 minutos, mas pra quem achou que é muito tempo, a gente nem sentiu passar! Vale à pena!


    O Apollo Victoria Theatre tem capacidade para 2.300 espectadores e fica ao lado da estação do metrô Victoria Station. O teatro existe desde 1929 e já foi palco de muitos musicais em Londres. 



    Encantados com tudo o que fizemos e exaustos, retornamos ao nosso hotel para descansar! O dia seguinte prometia muita emoção para os fãs dos Beatles. Liverpool nos aguarda. 

DIA 3 - LIVERPOOL 

    Fiz um post exclusivo sobre nossa ida à Liverpool. É só clicar no link para curtir a viagem com a gente!

DIA 4 - LONDRES E GREENWICH

    Depois de passar um dia sensacional em Liverpool, que nos fez conhecer as origens dos Beatles, começamos o dia em Abbey Road, a famosa rua dos Beatles em Londres. Quem diria que em 08 de agosto de 1969, ao cruzar uma rua para uma foto que viraria capa de um disco, os Beatles estariam criando mais um ponto turístico em Londres? Acho e quero acreditar que todo mundo conhece, pois não consigo aceitar quando alguém me fala que nunca ouviu ou que não gosta dos Beatles. Só um grupo fantástico conseguiria transformar uma faixa de pedestres em uma atração turística, não acham? 
    A ideia da capa foi de Paul McCartney! Existia uma lenda de que Paul tinha morrido em 1966 e que tinha sido substituído por um sósia desde então. Os Beatles gostavam de alimentar essa lenda, dando algumas pistas de que ela era verdadeira. Na capa do disco Abbey Road, Paul é o único que está descalço e com olhos fechados. Para os que acreditavam na lenda, estes eram indícios de que ele estava mesmo morto (na Inglaterra os mortos são enterrados descalços). John seria o padre (de branco). Ringo, o agente funerário (de preto). E George, o coveiro (com roupas informais). Acho essa história dos Beatles muito divertida e adoro essas lendas! Mas posso afirmar que não é real, pois estive no Show do próprio Paul McCartney no Estádio do Arruda em 2010 - e que energia que ele tinha!
    A Abbey Road foi escolhida, porque é exatamente nesse trecho da rua que fica o estúdio onde os Beatles gravavam (O Abbey Road Studios). Tirar a foto não é tão fácil assim. A rua é movimentada, tem fila de fãs e os carros passam o tempo todo. Sugiro chegar cedo e com paciência. Paciência mesmo, pois tem sempre alguém que não respeita a fila e se mete na sua foto.






    Esse é o Abbey Road Studios. Além dos Beatles, grandes artistas já gravaram lá como Pink Floyd,  Oasis, Queen. No dia que fomos, o estúdio estava fechado e não pudemos visitar a lojinha, que dizem ser cheia de souvenirs dos grupos que já tocaram lá. 


    Para chegar na Abbey Road, o melhor é usar o metrô. A estação mais próxima é a St John Wood. Saindo da estação, caminhe pela Grove End Road e vire à direita (menos de 5 minutos de caminhada). 


    E saindo da Abbey Road, tínhamos que completar a nossa Beatles tour indo até a frente da casa de Paul McCartney. Ele mora nessa casa desde 1965, quando tiveram que sair de Liverpool. O endereço é 7, Cavendish Avenue (NW8 9JG). A casa não tem número na frente, mas fica entre os números 5 e 9. Fácil de encontrar. Infelizmente ele não estava, mas quem sabe vocês dão mais sorte que a gente. Se forem lá e o encontrarem, manda foto pra mim, tá?



    Ali pertinho também ficava a casa onde morou apenas Sigmund Freud. Esta foi a última casa em que ele morou antes de sua morte. Em 1938, depois de escapar de um anexo nazista na Áustria, ele chegou em Londres e então fixou residência com a família na 20, Maresfield Gardens. Ele morreu apenas 1 ano após mudar-se para essa casa. Sua filha, Anna Freud, continuou na casa até 1982, quando também faleceu.  O desejo de Anna era transformar a casa em um museu dedicado à psicanálise e o museu foi aberto ao público em agosto de 1986. O museu só funciona a tarde, e por isso não conseguimos entrar. Para saber detalhes sobre a visitação do museu, assim como os horários e os preços, sugiro dar uma olhada no site oficial do Freud Museum antes de ir. 



E então seguimos nosso passeio para Greenwich! Clica no link pra saber como foi. Nós adoramos!

    Na volta de Greenwich passamos na loja de bombons que inspirou a loja de doces (a dedos de mel ou Honeydukes) do filme Harry Potter. É a Hardy's Sweetshop. A loja original fica em 25, New Row, Covent Garden em Londres. Tudo lá dá vontade de comprar. Um encanto só!



Pode apostar que saímos todos bem abastecidos.


    E passamos em Leicester Square (a pronúncia é Lester). A praça é um reduto boêmio de Londres e fica pertinho de Piccadilly Circus e Trafalgar Square, ou seja no caminho de qualquer atração do centro de Londres! A praça é repleta de bares e restaurantes e até um cassino e bem animadinha. É também lá que tem um quiosque do TKTs onde os ingressos dos musicais são vendidos com desconto para o mesmo dia. 

    O Odeon é o cinema onde acontecem as grandes premieres de filmes famosos em Londres. É aqui que as estrelas do cinema vem para as festas de lançamento dos filmes que prometem grandes bilheterias. Ele fica em um dos cantinhos da Leicester Square.


    E ainda na Leicester Square tem um relógio musical suíço bem interessante. Ao longo do dia ele toca e as marionetes do relógio de movem. Eu adorei, apesar de ser bem simples. Dura poucos minutos. Se você estiver por perto, vale à pena ver. O relógio toca de segunda a sexta às 12, 17, 18 e 20 horas e nos sábados e domingos às 12, 14, 15, 16, 17, 18, 19 e 20 horas. 


    Depois fomos caminhando por Chinatown até o Palace Theatre. Era o espetáculo mais esperado de toda a viagem . Todos muito ansiosos. Esse teatro existe desde 1891 e foi palco de produções famosas. Desde 2016, o teatro sedia a peça Harry Potter and the Cursed Child. 




    Harry Potter and the Cursed Child não é um musical. É uma peça de teatro, uma superprodução repleta de efeitos especiais e realmente muito fiel ao livro. Achei os ingressos caríssimos, mas não me arrependi. A peça é divida em parte I e parte II e aconselho que comprem em dias diferentes, pois cada dia são 2 horas e 30 minutos com intervalo de 15 minutos. Não podia ter sido melhor. Detalhe: eles pedem que os espectadores não contem quais os efeitos especiais e os detalhes da peça para não tirar o encanto e estão certíssimos. O espetáculo é surpreendente.




    Maravilhados do dia de passeio, voltando para o hotel, demos de cara com o Agatha Christie Memorial. O memorial foi inaugurado em 2012 e fica entre as esquinas das ruas Cranbourn e Great Newport, na região de Convent Garden. O local foi escolhido em homenagem à peça "A ratoeira", que está em cartaz em Londres desde 1952. A estátua de bronze tem o formato de um livro, com o busto da escritora encaixado na parte superior central, em perfil.



O dia não podia ter sido mais perfeito! E ainda tinha muito mais por vir.


DIA 5 - LONDRES

    E começamos mais um dia em Londres. Hoje seria o momento de ver a famosa troca da guarda do Buckingham Palace. A cerimônia tem hora e dia marcado para acontecer. Esse programa atrai normalmente muita gente e é uma das poucas atrações gratuitas de Londres. A cerimônia dura cerca de 45 minutos e consiste na troca dos guardas que estão em serviço no Buckingham Palace, por outros que vão iniciar seu turno, todas acompanhados de uma banda musical militar. Ela não acontece todos os dias, por isso, antes de se programar, é bom visitar o site oficial da Changing the Guard. Ah! e a cerimônia é cancelada nos dias de chuva. Como ela ocorre as 11 horas, é preciso chegar cedo para garantir um bom local. 
    A gente chegou esperando os guardas reais de roupa vermelha e preta, como todos conhecem e ai a gente descobriu que a roupa vermelha e preta é o uniforme de verão. Come estávamos em pleno inverno, o uniforme oficial é o cinza.





    Na frente do Buckingham Palace fica tão aglomerado, que não conseguimos apreciar o palácio, que é o local de trabalho da Rainha e residência londrina da Família Real. O palácio foi construído em 1703 e possui apenas 775 cômodos. 
    Na alameda em frente ao Palácio, está o parque mais antigo (desde 1603) e belo de Londres, o Saint James Park. O parque é uma homenagem à Saint James, The Less (Tiago Menor). O parque possui muita área verde e um lago.






    Essa estátua na frente do Buckingham Palace é o Queen Victoria Memorial, homenagem à Rainha Vitória, falecida em 1901. 









    Do outro lado do Saint James Park, chegamos no Churchill War Rooms. Visita interessante para quem gosta de saber histórias sobre a II Guerra Mundial. Foi destas salas que Churchill comandou as forças armadas britânicas. São bunkers construídos para proteção contra o bombardeio dos inimigos.  A construção do bunker iniciou em 1938 e as atividades do local iniciaram em agosto de 1939. O local funcionou 24h por dia até 1945, após o final da guerra. O local se tornou museu em 1984, após uma grande reforma. Você sabia que durante a guerra, o horário de trabalho de Churchill era das 6 da manhã até as 3 da manhã, sem intervalo?




    E neste dia (31/01/2020) presenciamos o acontecimento do BREXIT. Na Parliament Square havia muita gente, muitas redes de televisão mostravam o acontecimento ao mundo todo. O Reino Unido estava oficialmente fora da União Européia. Presenciamos muitas manifestações pacíficas contra e à favor do BREXIT e confesso que deu um nervoso danado, pois nesses dias importantes é danado pra ter eventos terroristas. Mas tudo correu bem e ficamos para a história. 


    Sherlock Holmes é uma lenda em Londres. Ele é um personagem de ficção da literatura britânica criado pelo médico e escritor Sir Arthur Conan Doyle.  A Baker Street é rua do endereço fictício do detetive (Baker Street, 221B) e é tão visitada, que ganhou até uma estação do subway. Quase em frente à estação de Baker Street, fica a estátua do detetive desde 1999. Neste local fica também um museu sobre o detetive, com vários objetos que figuram nas histórias. Bem interessante, né?



    Ali, bem pertinho, a 200m da estação de Baker Street, fomos ao museu Madame Tussauds. O museu de cera de Londres foi inaugurado em 1884 e é o mais famoso do mundo. Ele foi o primeiro dos museus da rede, que depois se espalharam no mundo inteiro. Apesar de caro, o lugar vive cheio e a sugestão é comprar o ingresso antecipado, as informações de horários e preços, podem ser consultadas no site oficial do museu londrino. A gente adorou a visita e ficamos bastante tempo tirando fotos com os famosos. Você pode até pagar um pouco mais caro e tirar uma foto na lanchonete do museu, tomando chá com a rainha.


com Emma Watson, a eterna Hermione Granger

com Harry e Meghan 


Os atores de animais fantásticos

Com Bruce Willis


Usain Bolt

Pelé e a taça da Copa do Mundo

A Família Real Britânica (já sem Harry e Meghan)

O quarteto mais famoso do mundo - The Beatles

Com One Direction

Spider Man

Wolverine

    Gostamos muito da visita ao museu de cera Madame Tussauds. As estátuas são tão fieis aos modelos que mais de uma vez pedi licença pra passar e era uma estátua! (HAHAHA)

    Saindo de Madame Tussauds, fomos até Covent Garden. É uma área bem no centro de Londres que reúne muitas opções de lazer, compras, restaurantes e bares. O local também tem teatros famosos, igrejas e prédios culturais que valem a visita. No século XVI Covent Garden era apenas o jardim de um convento onde os monges cultivavam uma horta. Com a dissolução das entidades religiosas por Henrique VIII, ele tomou as terras dos monges e as distribuiu para os amigos. Nos anos 1600 a área passou a ser urbanizada e passou a abrigar um mercado (Covent Garden Piazza). O mercado cresceu tanto que no século XX precisou mudar de lugar (1974) para Nine Elms. O prédio original do mercado foi preservado e reaberto em 1980 como centro turístico e de comércio. O lugar é um charme. 







    Comemos por lá num restaurante italiano bem agradável - o Pasta Brown. Serviço ótimo e preço justo, além da comida deliciosa. 




    E era o dia de ver a parte II da peça Harry Potter and the Cursed Child. Chegamos um pouco mais cedo ao teatro e deu tempo de conhecer a loja de Harry Potter que fica a 80 metros do teatro (26, Greek street) - a House of Minalima. É uma loja e ao mesmo tempo exposição das coisas criadas para Harry Potter. Ali há souvenirs simples e sofisticados e de todos os preços. Inclusive é possível comprar garrafas com as poções mágicas. 

todas as varinhas dos personagens do filme


garrafa com uma das poções mágicas

Nossos ingressos do segundo dia.

    O impressionante é que toda a decoração e atmosfera do teatro mudam para a parte II. Ficamos impressionados com os efeitos especiais. O ingresso milionário valeu a pena!


    Voltamos para o hotel cansados e encantados com tudo o que fizemos. No dia seguinte iríamos realizar mais um sonho: conhecer Stonehenge! Vamos lá?


DIA 6 - BATH E STONEHENGE

    Esse dia foi tão legal que mereceu um link exclusivo. Clica no link pra curtir essa viagem com a gente! - Bath e Stonehenge

DIA 7 - LONDRES

    O nosso hotel ficava bem próximo ao Kensignton Gardens. O Kensignton Gardens já foi parte do Hyde Park, que é famoso pelo Speakers corner, que é um local onde é permitido subir e falar o que quiser. Inclusive é o único local onde não é crime falar mal sobre a Rainha. E sabem porque? Porque você sobe e não está pisando em solo inglês! E isso existe desde 1872.
    Mas o Speakers Corner ficava distante de onde estávamos. A meta era conhecer o palácio de Kensington e seus jardins.  O parque é enorme, com cerca de 140 hectares de extensão. E sabe o porque desse nome? O nome deriva da unidade de medida hide (uma unidade de terra suficiente para o sustento de uma família)  que era o tamanho original do parque, restrito às atividades de caça do Rei James I. No final do século XVII o Rei William III transferiu a corte para o Palácio de Kensington e ali ficou por muitos anos. O local só foi aberto ao público em 1637 e depois passou a ser um lugar para celebrações nacionais.

Hyde Park Round Pound


E o caminho até o memorial de Lady Di é marcado com essa sinalização


Kensigton Palace

    O Palácio de Kensington foi reformado para ser a residência oficial do Príncipe Charles e da Princesa Diana em 1981 e depois que eles se separaram, ela continuou lá até 1997 quando faleceu em um acidente automobilístico na França. Atualmente é a residência oficial do Duque e da Duquesa de Cambridge (Williams e Kate). Claro que não podia faltar a foto na frente desse belíssimo portão da entrada do Palácio. Em Kensington existe uma ala destinada a um museu dedicado à Princesa Diana, que é possível visitar. 


    A 700 metro do portão do Palácio de Kensington está o Albert Memorial. Este memorial com cerca de 54 metros de altura, com uma estátua folheada a ouro, foi encomendado pela Rainha Vitória em memória do seu falecido marido, O príncipe consorte Albert, que foi vítima de febre tifóide em 1861, aos 42 anos de idade. O memorial foi inaugurado em 1872. 



    E, em frente ao Albert Memorial, está o Royal Albert Hall. É uma sala de espetáculo com capacidade para 6 mil espectadores. O local foi inaugurado em 1871 pela Rainha Vitória, em memória do Príncipe Consorte Albert, falecido 10 anos antes. Ele recebe os eventos mais notáveis da cultura britânica e muitos espetáculos culturais. Os Beatles já tocaram lá. Existe uma visita guiada no local, caso tenham interesse. 



    E seguimos nossa caminhada a pé por esta região em direção ao London Science Museum, que ficava a apenas 600 metros do Royal Albert Hall. No caminho, não deixamos de ver e fotografar o London Imperial College of Science, Technology and Medicine. Este importante centro de pesquisa existe desde 1907 e em 2018 foi considerada a 6ª melhor universidade do mundo. 




    O museu de Ciências de Londres nos surpreendeu pela qualidade da exibição e pelo seu tamanho. A entrada é por doações. Você dá o que quer, mas não existe preço de ingresso. Claro que se recomenda pagar algo, inclusive para que a exibição continue existindo. É um lugar que eu passaria facilmente um dia inteiro e voltaria várias vezes. Ele existe desde 1857 e é um dos museus mais visitados de South Kensington. Todas as informações sobre as exposições permanentes e temporárias estão disponíveis no site oficial do science museum. Ficamos impressionados com o lugar. Na saída ainda existe uma cafeteria e uma loja cheia de objetos incríveis relacionados ao museu. 






Olha!!! Tem até coisas de oftalmologia!



 A evolução dos celulares. 









Este é o pequeno recinto dedicado à psiquiatria.



E mais oftalmologia (não me contive!). 




Depois da nossa visita ao museu da ciência, voltamos para almoçar no Pasta Brown de Covent Garden. 


    Depois do almoço, o nosso grupo precisou se separar. Uma parte foi ao jogo de futebol da premier league e o restante foi passear em Londres. Por sinal, uma tarde muito emocionante... Conto já os detalhes!
    Começamos o passeio da tarde pela plataforma 9 e 3/4 do filme Harry Potter. Lugar muito concorrido, onde todo fã de Harry Potter quer tirar foto com o carrinho atravessando a parede à caminho de Hogwarts. Ela fica na estação de King's Cross. A fila é enorme e anda devagar, pois todos querem tirar mais de uma foto e com os adereços do filme.  A famosa parede faz parte da loja oficial dos produtos de Harry Potter. A loja disponibiliza cachecóis e varinhas para a foto.  A gente pode fotografar à vontade, mas eles também tiram uma foto oficial caríssima. E para ver ou comprar a foto, você precisa entrar na loja. Lá é possível encontrar todos os produtos originais, mas tudo muito caro. 






    Do outro lado da rua, em frente à King's Cross, está a estação de St Pancras. Ela é a estação que no filme de Harry Potter eles dizem que é a King's Cross. O prédio da St Pancas International Station é lindo. 




    Depois do tempo dedicado à Harry Potter, fomos às compras. Passamos parte da tarde na Primark. Uma loja de departamentos que tem 4 andares e a gente encontra de tudo com precinho bem em conta (mesmo em libras). E enquanto estávamos nas compras, começaram a chegar um monte de mensagens no celular. Todas perguntavam se estávamos bem. E aí que descobrimos que tinha havido um incidente caracterizado como ataque na periferia de Londres e algumas estações de metro encontravam-se fechadas. Graças à Deus, foi bem distante de nós! Mas confesso que me senti bem vulnerável e deu um medo daqueles. 

    Saindo da Primark fomos descansar um pouco no hotel, enquanto aguardávamos a outra parte do grupo que tinha ido ao jogo de futebol. 

    Os ingressos do jogo Tottenham x Manchester City foram comprados com bastante antecedência aqui no Brasil. Tentamos os vários sites de venda desses ingressos e descobrimos que saia muito mais barato se a gente se tornasse sócio do clube e comprasse o ingresso na janela de vendas prioritária para sócios. Então os quatro que foram ao jogo, tornaram-se sócios do Tottenham Hotspur! Para os sócios tudo é mais fácil. Inclusive a chegada. Você tem direito de se inscrever para um transporte de ônibus exclusivo que para bem perto do estádio do Tottenham, sem custo. É preciso saber que não é permitida a entrada de mochilas e objetos volumosos.
    O Tottenham Hotspur Stadium é o novo estádio do Tottenham.  Foi inaugurado em abril de 2019 e tem capacidade para 62 mil torcedores. O estádio é bonito, grandioso e bem moderno. Ele fica na zona 3 de Londres, portanto é preciso pagar um complemento para usar o transporte público até lá. Se for de metrô, a estação fica um pouco longe, mas em dia de jogos, o clube disponibiliza ônibus gratuitos que pegam os torcedores nesta estação. Quando o jogo termina, estes ônibus fazem o trajeto de volta para deixar os torcedores na estação de metrô. Importante: precisa fazer a reserva deste serviço pelo menos um dia antes do jogo.   A gente curte muito frequentar eventos esportivos nas nossas viagens e o ambiente dentro de um estádio é maravilhoso. Indico a experiência a todos os viajantes. 





    Depois do jogo, nos encontramos rapidamente para um jantar rápido de fast food. Fomos ao Taco Bell. Acostumados com essa cadeia de fast food americana, ficamos bastante decepcionados com ela em Londres. Primeiro porque era praticamente um take away, mas no inverno não dava pra comer na rua. Além disso, o cardápio era bem alternativo, caro e não vendia bebidas com açúcar! Pior jantar que tivemos em Londres! 
    Mas nada desanimava nosso grupo. Voltamos para o hotel, pois o dia seguinte prometia muita aventura nos London Warner Studios. 



DIA 8 - LONDRES E WARNER STUDIOS

   Fiz um post exclusivo para os estúdios da Warner, porque queria dar muitos detalhes do passeio. Então, pra quem quiser saber sobre nosso passeio da Warner nos estúdios originais da saga de Harry Potter, é só clicar no link. - Harry Potter Studios.
    
    Na volta dos estúdios, ainda tínhamos um bom tempo para passear em Londres. Fomos então a um lugar maravilhoso de conhecer - a British Library. Ela é a biblioteca nacional do Reino Unido e fica no bairro de Euston, em Londres. Atualmente seu acervo possui mais de 150 milhões de exemplares. A biblioteca oferece salas de estudo e computadores, além de acesso gratuito à internet para todos os seus sócios. E para ser sócio, só é necessário ser morador da cidade com endereço fixo. O local possui capacidade para 1200 leitores e possui 625 quilômetros de prateleiras nos seus 6 andares. 



Entrada principal da biblioteca


Estátua de Isaac Newton por Eduardo Paolozzi (1995)

Entrada da British Library

Hall de entrada da British Library

Manuscrito de Johann Sebastian Bach

Scrapbook da sufragista Olive Wharry

Manuscrito do the book of hours (França 1500)

Manuscrito dos Beatles - Yesterday

Manuscrito dos Beatles

Área dedicada à pesquisa da tecnologia que fica dentro da biblioteca


    E então fomos conhecer a Harrods - a loja de departamentos mais famosa de Londres. Está localizada na Bromptom Road, no bairro de Knightsbridge. Essa loja tem muita história e é um ponto de visitação. 
    As origens da Harrods datam de 1834, quando Charles Henry Harrod abriu uma pequena loja de comida, que em 1849 mudou para o endereço atual e foi ampliando e comprando os imóveis ao seu redor. Em 1883, a loja sofreu um grande incêndio e caiu. Logo depois foi reconstruída com um edifício ainda maior. Atualmente, o proprietário da loja é o egípcio Mohamed Al Fayed. 
    Como ponto turístico e mais de 90 mil metros quadrados, a Harrods oferece uma bela decoração de luxo, fontes e estátuas em seu interior, distribuídos em 7 andares. Nessa loja se vende de tudo, porém, os preços dos artigos são bem elevados. No entanto, mesmo sendo caro, vale à pena conhecer a área de alimentação, no piso inferior. 
    A ala de alimentação inclui 3 salas muito bem decoradas que vendem tudo do bom e do melhor em termos de comida dos quatro cantos do mundo. Este local ainda conta com 6 diferentes restaurantes em forma de bar.  O detalhe é que ainda existem 12 outros restaurantes espalhados nos outros andares da loja. A Harrods conta ainda com uma famosa casa de chás - a Harrods Tea Room. O chá da tarde é servido diariamente 11:30 e 19 horas e custa a bagatela de £59 por pessoa. 











Claro que não resistimos e compramos pelo menos uma sobremesa

    E finalizamos a nossa noite no Hard Rock Café de Piccadilly Circus. Lugar com uma decoração toda voltada para o rock e com a melhor música que podíamos ouvir. Sem falar na comida gostosa e na deliciosa strawberry basil lemonade. 









DIA 9 - WINDSOR E OXFORD

    Esse dia também teve tantos detalhes que mereceu um post exclusivo. Clica no link para curtir a viagem com a gente! - Windsor  e Oxford
    Na volta de Oxford a gente estava cansado, mas disposto à bater perna em Londres. Então pedimos ao pessoal do Queen Elizabeth Turismo pra nos deixar no Seven Dials Market, que fica na região de Covent Garden. Ele recebe esse nome porque fica na confluência de 7 ruas. O local é bem animado e tem comida de todo tipo. Passamos para conhecer a atmosfera, mas foi difícil de conseguir lugar para todo nosso grupo. Decidimos então ir jantar no TGI's pois era mais fácil para todo mundo sentar. 






O entorno do seven dials market tem uma atmosfera bem descontraída. 





    Depois do jantar, retornamos para o nosso hotel, afinal ainda tínhamos um dia inteiro para desfrutar da cidade no dia seguinte!


DIA 10 - LONDRES

    E chegava o nosso último dia de passeio dessa viagem incrível! Voltamos ao Parliament Square para visitar a Westminster Abbey. É um edifício emblemático de Londres, local de coroação e sepultamento dos monarcas ingleses. O local era uma igreja beneditina até a dissolução dos locais religiosos em 1539. Depois ganhou o status de catedral, e desde 1560 deixou de ser abadia e catedral e ganhou o status de "Royal Peculiar" da igreja anglicana - a igreja diretamente responsável pelo soberano. Essa igreja já foi palco de 16 casamentos de monarcas. Foi nessa igreja que aconteceu o casamento Real entre William e Kate Middleton, em 2011, mas havia sido o local do casamento da Rainha Elizabeth com o Príncipe Phillip em 1946. 
    O trono da coroação, utilizado desde 1066 pode ser visto dentro da igreja. Assim como vemos vários túmulos e memoriais de reis, rainhas, escritores, poetas, cientistas e políticos. 
    Infelizmente não é permitido fotografar a parte interna do lugar. Só podemos fotografar o claustro, na área externa. O preço do ingresso e os horários de visita estão atualizados no site oficial






    E então descobrimos um lugar fantástico para visitar. Um museu diferente! O Old Operating Theatre - é um museu da história da cirurgia e conserva uma das mais antigas salas cirúrgicas já existentes. Ele fica no sótão da Igreja St Thomas, no local original do antigo hospital St Thomas.  Os preços e horários de visitação podem ser consultados no site oficial do museu
    Uma coisa que chamou nossa atenção, foi que havia uma turma de alunos de seus 7-8 anos vistando o lugar. E tendo demostração de como funcionava a cirurgia, a anestesia e o risco de infecção na idade média. As crianças estavam fascinadas. E claro, estimuladas a aprender!


Sala de preparação de medicamentos

Equipamentos utilizados nas anestesias

Equipamentos cirúrgicos utilizados na idade média


Ala da enfermaria infantil  do St Thomas Hospital

Ervas utilizadas para produção dos medicamentos


Sala cirúrgica onde ocorriam as dissecações de cadáveres para estudo de anatomia e as cirurgias de amputação de membros. 




O museu fica na 9a St Thomas Street

    Depois dessa visita do museu a gente tinha combinado de ir ao lugar mais irreverente de Londres - Camden Town.  Esse distrito tornou-se famoso pelo mercado. Atualmente é um refúgio da contracultura. Uma área repleta de turistas, adolescentes e punks. É o lugar de Londres com mais coisas e pessoas excêntricas por metro quadrado. Mas aqui tudo isso é comum, o estranho é você! E tudo se encontra por lá, inclusive comidas do mundo inteiro! O local era conhecido por revelar algumas bandas do rock inglês dos anos 80 e, mais recentemente Amy Winehouse, que nasceu, viveu e morreu lá.  
    Para chegar lá, basta pegar o metrô até a estação Camden Town (Northern Line). A gente chegou na hora do almoço e quis logo forrar o estômago. 


    Fomos logo ao melhor Fish and Chips de Londres - o Poppie's Fish and Chips. Olha que eu sou suspeita, porque adoro este prato inglês, mas esse é o melhor que comi. O lugar em si, é um charme. A decoração é super interessante e combina com Camden Town . 



Bem alimentados, era hora de conhecer esse lugar divertidíssimo. 



A decoração das lojas já chama atenção. 




Cada cantinho oferece uma surpresa!



O mercado tem lojas bem diferentes com produtos que você nunca imaginaria encontrar. 





    Em Camden Town tem uma loja que vale visitar - a Cyberdog. Lá se encontra tudo que pode ser usado em uma festa cibernética, com muito neon e brilho. Tem DJ o tempo todo e tem até um andar no subsolo que só é permitido aos maiores de 18 anos, que abriga um sex shop. 


Cyberdog






    No Camdem market a gente encontrou também muita coisa boa pra comer, com preços bem acessíveis. Vale a pena bater perna e parar a cada fome!

Esse sorvete artesanal é simplesmente uma delícia.


    Descendo as escadas do Camden Market, a gente encontrou uma loja de alimentação bem diferente: a Cereal Killer! Lá você vai encontrar todo tipo de cereal e pode pedir alguns lanches e sobremesas com os cereais. 





A estátua de bronze de Amy Winehouse


    Em frente à estátua de Amy Winehouse fica o the Cheese Bar. O local serve deliciosas comidas à base de queijo e em alguns dias da semana serve fondue. Fizemos um lanche rápido por lá e a comida foi aprovada (e o preço também). 





    E o clima de despedida já se instalava em nosso grupo. Era hora de ir embora de Camden Town e deixar esse lugar louco guardado nas nossas memórias. 


    Ainda deu tempo de dar uma parada no Marble Arch. É um arco triunfal construído todo em mármore branco, no século XIX. Ele foi inspirado no arco de Constantino de Roma e era usado como porta de entrada do Buckingham Palace até 1851. Em seguida foi movido para sua posição atual, próximo ao Hyde Park. Local anteriormente conhecido como Tyburn Tree, que servia para execução pública no século XIV. 



    E chegava o nosso jantar de despedida de Londres e dessa maravilhosa viagem de 15 dias com um grupo tão maravilhoso. Escolhemos o Bubba Gump de Leicester Square. 


    Nosso voo de volta pra casa partia de Gatwick (LGW). Fizemos o traslado com a com a Queen Elizabeth Turismo, com o Fernando Gracio (@queenelizabeth_turismo ou pelo zap +44 7704660314), que nos acompanhou em grande parte dos passeios nos arredores de Londres. Eles são super profissionais e deixo a indicação para vocês. 
    Saímos para o aeroporto bem cedo (nosso voo era as 10:40h) e foi o dia mais frio de todos. E como a gente não queria ficar carregando casaco pesado, resolvemos guardar tudo na mala e usar só o moletom. Só que a gente não contava que em Gatwick, o ponto que o carro para para nos deixar não é na porta do aeroporto e tínhamos que andar com as malas no frio por uns 150 metros. E olha que estava muito frio (-2C). Foi horrível! Mas uma vez dentro do aeroporto, demos boas risadas!

    Londres foi uma viagem fantástica. E quando paramos para analisar, foi tudo perfeito. Claro que a gente podia ter visitado a Tower Bridge e entrado em alguns outros monumentos da cidade. E claro que a gente devia ter dormido uma noite em Liverpool. E claro que devíamos ter aproveitado para ir até a Escócia. Mas infelizmente o mundo é lindo e tem muita coisa pra conhecer.  Tenho certeza de que voltaremos à Londres e que faremos tanta coisa maravilhosa de novo. 
    E vocês? Curtiram nosso passeio? 












    



Nenhum comentário:

Postar um comentário