quinta-feira, 21 de maio de 2020

Belém do Pará - fevereiro 2015


    Esse ano decidimos passar um carnaval diferente. E olhe que somos pernambucanos apaixonados pelo carnaval de Olinda... Resolvemos ir até Belém do Pará! Conhecer a vertente paraense da família e levar minha avó pra sua última viagem à sua terra natal, enquanto era tempo. 
    Descobrimos uma Belém mágica e vimos que foi pouco tempo. Belém e seus encantos mereciam uma semana inteira!
    A expectativa era grande! Chegamos na sexta feira de carnaval. A família toda nos esperava no aeroporto. E aí começava nossa aventura.
    Ficamos hospedados num hotel tradicional e muito legal - o Hotel Sagres - que nos acolheu maravilhosamente bem! Localizado na área central da cidade e perto das atrações. 
    
    Nossa aventura inicia no sábado de Zé Pereira, longe dos frevos das ladeiras de Olinda, mas em ótima companhia. Iniciamos o dia pelo Museu Paraense Emílio Goeldi. Esse museu foi fundado em 1866 e suas pesquisas são concentradas no estudo científico dos sistemas naturais e socioculturais da Amazônia. Gostamos muito de ver a flora e fauna típicas da região Norte.  O museu é um local agradável e conta com estrutura para lanches. Adoramos o passeio e as crianças acharam bem divertido. 







    Saindo do Emílio Goeldi fomos visitar um dos lugares mais famosos de Belém. Afinal, quem nunca ouviu falar no Círio de Nazaré? Exato! Uma manifestação religiosa cristã em devoção à Nossa Senhora de Nazaré e que ocorre desde 1793 tendo seu auge no segundo domingo de outubro. Atualmente, no dia do Círio os peregrinos fazem a procissão e levam a imagem da Virgem de Nazaré da Catedral Metropolitana até a Basílica de Nazaré. Fizemos o percurso inverso e fomos primeiro para a Basílica. 
    O interessante é que a Basílica , no estilo neoclássico, só começou a ser erguida em 1909. No local onde foi encontrada a imagem da Nossa Senhora de Nazaré. 




É tradição, amarrar uma fita nas grades da Basílica de Nazaré. 

    Depois da Basílica fomos almoçar no Mangal das Garças. O mangal é um parque naturalístico criado em 2005 pelo Governo do Pará, através da revitalização de 40.000 metros quadrados às margens do Rio Guamá.  O local é muito agradável. Pede inclusive mais de uma visita para dar conta de tudo. Possui um mirante, um restaurante maravilhoso e várias trilhas. Ficamos encantados com a visita. 










    
    Saindo do Mangal das Garças fomos terminar nosso city tour, passando pelo Núcleo Cultural Feliz Lusitânia. Ele está localizado na parte mais antiga de Belém e inclui o Forte do Presépio, a Praça Dom Frei Caetano Brandão, a Casa das 11 janelas, a Igreja de Santo Alexandre (Museu de Arte Sacra de Belém - antigo Palácio Episcopal de Belém) e a Catedral Metropolitana de Belém (de onde sai a procissão do Círio de Nazaré).  Todos esses monumentos são da época do Brasil Colonial. 











    Pra terminar esse lindo dia tão proveitoso, fomos à Estação das Docas. A Estação das Docas é um complexo turístico e cultural da cidade de Belém inaugurado no ano 2000. Anteriormente fazia parte do Porto de Belém. O local é muito interessante - cheio de restaurantes, artesanato, cervejarias artesanais, sorveterias típicas, música ao vivo e onde conhecemos o carnaval da cidade com a guerra de confetes e os bonecos cabeçudos. Amamos!!!










    No nosso segundo dia em Belém começamos o dia pelo maravilhoso mercado Ver-O-Peso. Sabiam que a origem desse nome vem de Casa de Haver o peso, pois era um posto fiscal  comercial?? Ele é um mercado púbico criado em 1625, sendo um dos mais antigos do Brasil. O lugar é incrível - cores mil, sabores diferentes e exóticos, poções de curandeiros, ervas, frutas, peixes. É simplesmente indescritível. 
 





Olha o tamanho do camarão!!!!







    E turista de verdade não pode deixar de fazer passeio típico do lugar, né? Então fizemos o passeio fluvial com a Valeverde turismo. Escolhemos o passeio que incluía a baia do Guajará e Rio Guamá. E como dizem em Belém: foi um passeio Pai d´égua de bom! Paisagem linda. Passamos pelos pontos turísticos todos com a visão do rio e ouvimos a história contada por alguém do local. Vimos a apresentação e dançamos carimbó no barco. Foi divertidíssimo! Valeu à pena!











    Saindo do passeio de barco, fomos rapidamente conhecer a Praça da República como sua típica feirinha de artesanato e onde se localiza o Theatro da Paz, construção de 1878, período áureo da exploração da borracha na Amazônia. Lá também fica o cinema Olympia, que foi muito frequentado pela minha avó, inaugurado em 1912. 




    Para nossa surpresa, fomos convidados para conhecer toda a família PINTO de Belém do Pará com um almoço repleto das comidas típicas belenenses... Que delícia de momento, em todos os sentidos! Tinha arroz paraense, pato no tucupi, tacacá, cremusqui, maniçoba, suco de bacuri e cupuaçu e açaí de sobremesa!


Que família linda e maravilhosa que eu tenho, e nem sabia!!!

    Nosso terceiro dia em Belém também foi maravilhoso! Começamos indo até Icoaraci, que fica a 20Km da capital, e é famosa pela sua cerâmica e ainda tem uma orla linda. Ainda demos uma paradinha na feira de artesanato do Paracuru. Cada coisa linda. Pena que não dava pra comprar tudo e trazer pra casa, né? Mas ainda comprei umas coisinhas...









    O tempo estava acabando e ainda tinha tanta coisa pra ver e fazer...  De Icoaraci, resolvemos ir à ilha do Mosqueiro, localizada a 70Km da capital. Queríamos conhecer uma praia fluvial típica da região e foi muito legal e aproveitamos pra almoçar na orla, no Restaurante Paulo Lima, onde provei a deliciosa unha de caranguejo e o filhote. 







    E chegamos no último dia da nossa viagem maravilhosa a essa encantadora cidade. A gente precisava voltar no lugar que mais nos encantou, e sem sombra de dúvidas, fomos ao Ver-O-Peso. Inclusive pra fazer umas comprinhas de coisas interessantes pra trazer pra casa. Depois do mercado, fomos arrumar as malas e almoçar no restaurante Marujos, que fica no antigo porto fluvial da cidade. Comida deliciosa pra nossa despedida!!!











 E enfim nos despedimos da surpreendente Belém do Pará! Levando lembranças maravilhosas e a certeza de que vamos voltar por lá! Não deu pra conhecer o estádio do Remo, não deu pra ir no Parque da Residência, não fui à Salinas e muito menos na Ilha de Marajó. Não tomei banho de Igarapé!!! E também não fui no Bosque Rodrigues Alves, que minha avó tanto falava! Não faltam motivos pra voltar... Amei esta viagem!











Um comentário:

  1. Lindo texto. Narrativa de momentos em familia, com a cidade e com seus usos e costumes e que conta uma história a partir de fotos, de um texto e de contextos. Tem um tom de lembranças contadas com muito afeto de um tempo passado contado no presente.Amei o passeio feito por Belém e isso faz o coração pulsar de saudades desse povo que fez parte dessa história

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