quarta-feira, 23 de julho de 2014

Buenos Aires - Argentina abril/2014

Essa é uma cidade que me surpreendeu!



Como todo brasileiro, tenho um pouco de cuidado com tudo que me lembra os nosso hermanos argentinos. Buenos Aires, apesar de sempre ouvir falar bem dela, nunca me encheu os olhos. Não era uma prioridade na minha lista de viagens... Mas descobri os encantos dessa cidade que me conquistou. Gostei tanto que volto lá em setembro, mesmo perdendo a copa do mundo!
Mas o grupo era enorme. Todos os melhores amigos. Quase todo o SABIDINHO. Dessa vez faltaram Sr Lineu e D. Nenê, pois como todo funcionário público padrão, não podiam se ausentar por alguns dias... Até nosso amigo gaúcho e a amiga filósofa iam se juntar ao grupo. Então achei que apesar dos hermanos (justiça seja feita, foram até muito simpáticos e receptivos) a viagem valia a pena!
Fiz muitos estudos até conseguir definir o roteiro. Perguntei muita coisa a amigos brasileiros que já moraram na capital argentina. Tenho muitas dicas a oferecer...
Para entrar no país não é necessário visto. Os brasileiros apresentam passaporte válido ou carteira de identidade com até 10 anos de emissão. ATENÇÃO: a carteira de habilitação e as carteiras de conselhos profissionais não servem como carteira de identidade!
Os preços lá são muito bons, comida é muito barata e boa, nosso Real é valorizado e vale 4x mais que o Peso. Os restaurantes recebem Pesos, Real ou Dólar. Como toda cidade grande é preciso ter atenção:  malandros de plantão! Evite mostrar carteira e dinheiro na rua. Não ande com joias e máquinas fotográficas muito chamativas. Deixe tudo de valor, inclusive seu passaporte, no cofre do hotel.
No táxi, sempre use o dinheiro o mais trocado possível, evite as notas de AR100,00 e ao entrar verifique se o táxi possui o cartão de identificação do motorista na traseira do assento e se o taxímetro está ligado. Não fomos vítimas de nenhum golpe dos taxistas, mas ouvi falar de diversos golpes. Táxi lá é muito barato. Embora tenham falado muito bem do metrô, não utilizei nenhuma vez. Fizemos tudo de táxi e andamos muito (mesmo) a pé! Os táxis levam até 4 pessoas e não existe o jeitinho brasileiro pra colocar alguém no colo. Até quatro mesmo! É seguro andar a pé nas ruas, mesmo a noite. Embora sempre procurássemos as vias mais movimentadas e andássemos em grupo.
Nos restaurantes e shoppings, não pendure a bolsa nas cadeiras e nem deixe no chão, junto a cadeira onde você está sentado. Não troque dinheiro na rua.
O melhor aeroporto para chegar a Buenos Aires é o Aeroparque, que fica a 15 min de táxi do centro. O táxi, pelas empresas credenciadas do aeroporto, custa AR 200, mas pelos táxis normais custa AR50,00.
No aeroparque eles distribuem um mapa muito legal da cidade.
Nos restaurantes, a conta não inclui a gorjeta, que deve ser adicionada (10%) chama-se de propina.  Algumas palavras chaves podem ajudar: almuerzo (almoço), cena (jantar), tapas (aperitivos), postre (sobremesa), cuenta (conta), botella (garrafa), taza (xícara), vaso (copo) e copa (taça).
O sorvete argentino é o melhor do mundo ou talvez fique no páreo com o italiano. Tem duas redes grandes de sorvete: a Persicco e a Freddo. Todas duas muito boas.Coma muito doce de leite e croissant (media luna).
O free shop tem preços bem melhores que o do Brasil e os perfumes são mais baratos no free shop que nas lojas argentinas. Bem diferente do Brasil, né? Mas não achei roupas e brinquedos mais baratos que aqui. É uma viagem muito mais gastronômica e cultural que consumista.
Se você precisar ligar para o Brasil de um telefone público, use o número da EMBRATEL: 08009995500
Em caso de urgência tem 2 números para entrar em contato com o consulado brasileiro: 45156500 e 15 41999668.
Nosso vôo foi pela TAM, via Guarulhos. Nossa malas chegaram sem problemas e a imigração foi muito tranquila. Nos hospedamos no bairro da Recoletta - hotel design suites, av Marcelo T Alvear. Uma graça, bem localizado e com um café da manhã bom, mas repetitivo. Depois de 3 dias, você já está querendo comer em outro lugar...
Recepcionistas atenciosos e prestativos.



Dia 1 - Chegamos por volta das 10 horas da manhã, Deixamos as malas no hotel e fomos comer um lanche delicioso no Madeleine- media luna com chocolate quente.  Depois de refazer as reservas energéticas, fomos bater pernas. Paramos no Teatro Colon, que me impressionou muito. Arquitetura magnífica. Muito rico. Fiquei emocionada com um ensaio que estava acontecendo no palco principal (que acústica!). No Teatro Colon existem ingressos para todos os bolsos. Geralmente aos domingos existem apresentações gratuitas.Ele está entre os 5 melhores teatros líricos do mundo. Passou por uma restauração que durou 8 anos e foi reaberto em 2010.
seguimos para a 9 de Julho, e passamos pelo obelisco. Seguimos a pé até a casa rosada, que pra falar a verddade, é ocre! Só fica rosada com a iluminação noturna. Bonita. Não entramos. Ao lado da casa rosada tem o Museu Bicentenário, que conta toda a história política da Argentina e é grátis. Achei o museu muito interessante. Continuamos nossa caminhada até Puerto Madero. Puerto Madero é um bairro cheio de restaurantes convidativos. Estávamos precisando refazer as reservas energéticas mais uma vez e decidimos entrar no TGI`s Friday, mas fomos muuuuuuito mal atendidos. Não recomendo o local a ninguém! Nos retiramos e seguimos até a margem oposta do rio, exatamente no local em frente à fragata Sarmiento, um restaurante muito bom chamado Caravaggio.  Vimos a puente Mujer e Fragata Sarmiento. Parte do grupo preferiu voltar ao hotel de táxi e outra parte fez o caminho de volta a pé! Claro que voltei a pé, pois minha bateria é de longa duração. No retorno passamos novamente pela casa rosada e pude acreditar que ela é mesmo rosa. Passamos também pela Calle Florida (onde se localiza o comércio do centro e também é o antro dos malandros) e pelas Galerias Pacíficos.
À noite, fomos a uma galeria muto legal, onde exista um bar temático dos Beatles. Noite legal com quase todos os amigos, pois alguns preferiram ficar no hotel "comendo cereal".



Teatro Colón


Teatro Colón

Teatro Colón

Obelisco

Catedral de Buenos Aires

Casa Rosada

Museu do Bicentenário

Puerto Madero - Puente Mujer

Puerto Madero - Fragata Sarmiento

Casa Rosada

Galerias Pacíficos



Dia 2 -Fomos conhecer o jardim Japonês. Uma graça. Paisagens bem legais e as fotos de lá ficam muito boas. Ao sair do Jardim Japonês, fomos de táxi até Palermo-Soho, onde tem umas ruas bem legais pra caminhar, não se pode deixar de conhecer as calles Honduras e El Salvador. Fomos até uma pracinha com feira de artesanato e vários bares (Plaza Serrano) e almoçamos muitíssimo bem no La Cabrera. Super recomendo. Carnes macias e deliciosas. Acho que foi a mais saborosa que comi na cidade. 
Depois tentamos pegar um táxi para conhecer a estádio Monumental de Nuñes - o do River Plate. Demos azar, pois o taxista nos expulsou de dentro do veículo, porque era torcedor do Boca. Se eu não gostava do Boca, passei a gostar menos ainda. Finalmente conseguimos um taxista disposto a nos levar ao River, mas que foi falando mal do caminho e fazendo piadinhas por todo o trajeto.Fizemos a visita guiada do estádio e vale a pena mesmo para quem não é tão fã de futebol como nós somos. Nesta noite chegaram nossos amigos gaúchos e a filósofa que se juntaram ao grupo.
Fomos jantar em Puerto Madero, jantar self-service La Bisteca, com grande variedade, mas ainda estávamos com a barriga cheia do almoço e não conseguimos fazer valer o que pagamos.


Jardin Japones





Palermo-Soho

Palermo-Soho

Palermo-Soho

Plaza Serrano

Plaza Serrano
Plaza Serrano

Plaza Serrano
Palermo

Restaurante La Cabrera - Palermo


Monumental de Nuñes 

Monumental de Nuñes

Museo River Plate

Jantar em Puerto Madero


Dia 3 - O dia amanheceu bonito, ensolarado, mas bem friozinho, uns 17°C. Hoje era o dia de irmos ao bairro de la Boca e ao estádio do Boca Juniors - La Bombonera. Esse é um bairro onde é preciso ter muita atenção. Não saia do caminho do circuito turístico. Fizemos a visita guiada do Boca, que também é muito legal, entramos nas lojas de artesanato e camisas genéricas que ficam em frente ao estádio e depois fomos até o Caminito, que é bem bonitinho. Tivemos uma certa dificuldade para conseguir táxi de volta. Nesse bairro existem muitos dançarinos com as vestimentas características do tango que cobram para tirarmos fotos com eles. 
Depois tomamos um táxi até o cemitério da Recoleta. Na frente tem uma diversidade enorme de restaurantes e sorveterias. Nesse cemitério está o túmulo do presidente Sarmiento e de Evita Peron. O cemitério é muito visitado, mas confesso que não curti muito esse passeio.Almoçamos no "el club de la milanesa". Que é enorme, barato e delicioso - até apelidamos de orelha de elefante. E foi lá também a pilha de chopp. Depois fomos até uma feirinha de artesanato na frente do cemitério e a um shopping de decoração bem interessante. Voltamos andando para o hotel.
Essa noite estava programado o nosso Tango. Como na verdade o grupo estava dividido e o Tango não era uma prioridade, decidimos não comprar um espetáculo caro. Na recepção do hotel resolvemos ir a um tango que era dito como intimista. Na verdade não gostei. O lugar que fomos foi o Complejo Tango.
Depois do tango terminamos a noite no bar dos Beatles mais uma vez e voltamos para o hotel de madrugada, cantando rock nacional no meio da rua!

La Bombonera 


La Bombonera



bairro da Boca

Bairro da Boca

El Caminito - La Boca

Recoletta - El Club de la Milanesa


Cemitério da Recoletta

Cemitério da Recoletta

Complejo Tango

Complejo Tango




The Cavern Buenos Aires


Dia 4 - Decidimos ir a Calle Florida e Galerias Pacíficos - era dia de compras e encomendas. No caminho parei na Barbie Store para pegar uma lembrancinha pra minha filha. Fomos caminhando mesmo, pois em Buenos Aires é a melhor forma de conhecer a cidade. Depois resolvemos pegar o ônibus turístico, que permite subir e descer nos pontos turísticos. Mas graças à todas as informações equivocadas que recebemos, inclusive no site do serviço, não conseguimos comprar o ticket. Da próxima vez, tentarei comprar com antecedência. Seguimos a pé até a plaza de Mayo e depois até o café Tortoni. Tinha fila pra entrar, mas não era grande como eu tinha ouvido falar. O café Tortoni é muito tradicional e lembra muito a confeitaria Colombo do Rio de Janeiro. Lá no Café Tortoni acontecem um espetáculos de tango, mas não chegamos ver. Adorei! Comi churros com chocolate quente. Ainda andamos até o Congresso Nacional, que fica em uma praça muito bonita e dá pra tirar muitas fotos. Depois ainda fomos até a Floralis Genérica e a Faculdade de Direito, que ficam ao lado do cemitério da Recoleta, mas como a gente não sabia, tivemos que voltar lá. A Floralis genérica é uma flor de aço e alumínio cujas pétalas abrem ao nascer do sol e fecham ao por do sol. Os argentinos aproveitam o gramado para fazer picnic.
No final da tarde, pegamos um táxi até a livraria Ateneu! Eu que adoro livrarias, fiquei encantada. É indescritível! Passeio imperdível! Era um teatro que virou cinema e um cinema que virou livraria.Os camarotes viraram sala de leitura e o palco virou um café.
A noite, fomos ao The Cavern Club ver a apresentação do cover dos Beatles. O cavern é uma réplica do original inglês. você entra mesmo no clima. Do lado de fora tem um pequeno museu dos Beatles.

Barbie Store

Plaza S. Martin

Estação de metro mais antiga da América Latina

Café Tortoni

Churros e chocolate quente no café Tortoni

Café Tortoni

Congresso Nacional

Congresso Nacional 




Floralis Genérica

Homenagem à Evita Peron

 
Faculdade de Direito

Livraria El Ateneo

Livraria El Ateneo

The Cavern Club Buenos Aires 


 Dia 5 - Era o dia da nossa partida a noite.Conseguimos no hotel um late check out e só precisávamos sair as 18h. Nosso voo era as 22h. 
Começamos o dia indo para o incrível passeio no delta do Tigre, que fica a uns 30Km de Buenos Aires. Tem 2 maneiras de fazer o passeio, de barco ou de trem. Optamos pelo trem. Da próxima vez, farei de barco. O trem é velho e muito lento. O percurso de trem leva cerca de 90 minutos (cada perna) e a paisagem nem é bonita. Passamos por todas as áreas pobres de Buenos Aires. Chegando no ponto final tem uma feira de artesanato no estação de trem e você se encaminha para o mercado das frutas (mas lá não tem feira de frutas, mas de artesanato). Gostei muito e acho que esse passeio deve ser feito sem pressa. Foi aqui que comi a melhor empanada da viagem. O bom do passeio de trem é que você tem a oportunidade de ir parando nas cidadezinha do caminho e visitando as diversas feiras, mas não fizemos por causa da hora.
Depois ainda fomos conhecer rapidamente a feira de San Telmo, que mais parece um carnaval de rua. Divertido! Ainda entramos na fila para tirar foto com a famosa estátua da Mafalda. Voltamos para tomar uma banho antes de viajar e fomos para o nosso jantar de despedida no club de la Milanesa.

Praça da estação central de trens

Estação central de trens

Caminho para Tigre de trem...

Tigre - Puerto de Frutos

Tigre - Puerto de Frutos

Tigre - Puerto de Frutos rio de la Plata

Tigre - Puerto de Frutos

Puerto de Frutos - Tigre

Tigre - Puerto de Frutos

Puerto de Frutos - empanadas

Feira de San Telmo

Feira de San Telmo - Mafalda

Feira de San Telmo

Feira de San Telmo

Despedida - El Club de la Milanesa

Coisas que não fiz e que terei que voltar em Buenos Aires para fazer: não andei no ônibus turístico, não entrei na Farmacity (loja de cosméticos da corrientes), não entrei na Falabella (loja de departamentos chilena), não visitei a Fragata Sarmiento, não fui a zoológico de Palermo, não assisti a um espetáculo no Teatro Colón.