JULHO 2018 -
Europa 2018
Esse maravilhoso roteiro foi fruto de muito trabalho em equipe. Considero que essa viagem foi um grande desafio para nós. Nossa família resolveu passar 29 dias conhecendo a Europa (basicamente a França) com 2 adolescentes e 4 idosos. Esse roteiro envolveu toda uma dinâmica para agradarmos à todos. A maior parte dos trajetos foi feita de carro e conhecemos além da França, a Bélgica, Luxemburgo, uma cidade da Alemanha e a Suíça. No final o saldo foi positivo e a experiência merece ser repetida.
Vou compartilhar nesse post o grande roteiro e os detalhes de cada região ou cidade eu conto em posts específicos. Espero que gostem e viagem conosco.
Resumo do roteiro
A Europa é muito legal de viajar e apesar do preconceito que existe de que adolescente não curte a Europa, os nossos amaram! Curtiram cada momento da viagem, mesmo quando os castelos se tornaram excessivos para eles (hahaha!). O planejamento iniciou cerca de 8 meses antes da viagem, com a decisão do que iríamos incluir e de quanto tempo ficaríamos, o que incluía também toda uma preparação financeira. Tudo que pudemos pagar antes da viagem acontecer, nós pagamos, para não precisar viajar com muito dinheiro em espécie e evitar usar o cartão de crédito. Nossas reservas de hotel foram realizadas 100% no booking.com e todas deram certo. Compramos todos os trechos de trem com antecedência pela internet, pois a viagem aconteceu em altíssima estação (férias de verão da Europa). Incluímos no roteiro sugestões de todos os viajantes da equipe e assim tivemos sucesso. Que viagem gostosa, mesmo sendo cansativa em alguns momentos!
O ponto fraco da viagem foi o vôo. Compramos passagens pela Condor, que faz parte da Lufthansa. Não indico a Condor como cia aérea. Tudo no avião pede pagamento extra (mesmo num vôo internacional de cerca de 9 horas): paga-se até pelo entretenimento a bordo! Isso mesmo. Você não pode sequer ver filmes no avião para passar o tempo sem pagar! Detalhe é que ela nem oferece um catálogo com filmes novos como as demais. Pagamos para reservar os assentos com antecedência e a Condor não respeitou nossas reservas. Não valeu a economia que fizemos no valor das passagens! Pior cia aérea que já viajamos - o barato que sai caro! Fica a dica pra vocês.
Mas vamos seguir falando de coisas agradáveis.
Compramos muitos ingressos antecipados pela internet para evitar filas da alta estação. Levamos o dinheiro que era permitido, mas como tínhamos hotéis, passagens de trem e maioria dos ingressos pagos, basicamente precisávamos de dinheiro para alimentação. A conta que fazemos de alimentação é de 50 euros por dia pra cada pessoa e levamos sempre algum dinheiro extra para eventualidades. O que nos permitiu comer confortavelmente durante toda a viagem. A gente sempre compra coisas de café da manhã e lanches pra levar nos hotéis e na viagem de carro. Faz uma refeição de restaurante e outra refeição mais rápida. Quando se faz duas refeições ao dia em restaurantes, perde-se muito tempo e deixa-se de conhecer os pontos interessantes da viagem. Por isso fazemos essa opção. Lembrando ainda que a Europa não é um passeio dedicado ao consumismo, então compramos pequenas lembranças, mas não dedicamos nenhum dia do nosso roteiro realmente às compras. As compras eram incidentais - se alguma coisa chamava a atenção e cabia no nosso tempo, a gente se permitia (hahaha!).
Ao comprar as passagens, utilizamos cartão de crédito que nos oferece o seguro viagem, para que não tenhamos mais esse gasto. E levamos o cartão de crédito apenas por segurança. Sempre evitamos gastos no crédito para não ficarmos sujeitos à variação cambial e ao IOF. Essa receita sempre deu certo nas nossas viagens.
Saímos de Recife no dia 27/06 à noite com destino à Paris. Mas nosso voo tinha uma conexão em Frankfurt, onde fizemos uma imigração muito tranquila. O aeroporto de Frankfurt (FRA) é um dos maiores do mundo, sendo o terceiro maior da Europa. Apesar de muita gente se assustar com a língua alemã, os alemães são bem receptivos e não têm problemas em falar inglês com os turistas. Todas as placas do aeroporto são escritas em alemão e em inglês. Na imigração tivemos apenas que apresentar nossa passagem de volta e o comprovante de hospedagem, mas foram muito gentis. Brasileiros não precisam de visto para entrar na Alemanha, pois esta faz parte do acordo de Schengen, que permite que fiquemos até 90 dias no país, desde que seja provado que o turista tem como se manter. Como íamos fazer só uma conexão para nosso voo de Paris, tudo foi bem rápido.
A chegada em Paris foi pelo Aeroporto Charles de Gaulle (CDG), também conhecido como Roissy Charles de Gaulle ou Roissy. Ele fica a 23 Km do centro de Paris. O aeroporto é enorme e bastante movimentado, é o segundo da Europa em número de passageiros. Ele conta com 3 terminais interligados por um ônibus gratuito. Existem várias maneiras de se chegar à Paris partindo do Roissy:
- Taxi: a tarifa vai variar entre 50 a 55 euros, mas não é aconselhável caso o passageiro tenha malas volumosas. Os taxistas de Paris não são os mais amáveis do mundo e não vão gostar de ajudar com as malas.
- RER: os trens da linha B do RER conectam o Roissy com o centro de Paris em cerca de 30 minutos. A passagem individual para esse trajeto custa cerca de 11 euros (zona 1-5) e ainda serve para levar o turista até o seu hotel, fazendo conexão com o metrô de Paris.
- Roissybus: é um ônibus que conecta o aeroporto à Praça da Ópera, no centro de Paris. O trajeto leva cerca de 60 minutos e custa 11 euros por pessoa. O ônibus funciona das 5:30 até as 23h com partidas regulares a cada 30 minutos e para em cada um dos terminais do aeroporto.
- ônibus convencional: duas linhas de ônibus conectam Paris ao Roissy - a linha 350 (gare de l'est) e a linha 351 (place nation). O trajeto leva cerca de 60 minutos e custa 6 euros por pessoa.
- transfers particulares: esta foi a nossa opção. Pelo fato de estarmos em um grupo grande, cansados da viagem noturna e com muitas malas, optamos pela contratação do transfer da França entre amigos que nos levou até a porta do nosso hotel. Claro que pagamos um pouco mais, mas valeu por todo conforto e cuidado. Todo o contato foi feito a partir do site e do whats app com Priscila Bouchet (que é brasileira). Tudo funcionou perfeitamente.
Nossa guia até nos deu a dica valiosa de comprar um chip de celular (sim card) para nos comunicarmos no grupo em toda a Europa. O chip só não seria válido da Suíça, que não faz parte da União Europeia. Em Paris a gente encontrava em todas as bancas pra vender os chips da Lebara e da Lycamobile. O chip custa apenas 15 euros e permite comunicação livre nos países da União Europeia por 30 dias - ligações de voz e 10Gb para uso de dados. Dica top!!!
Outro detalhe é que nas cidades grandes nós optamos por não ter carro e usar o transporte público, que funciona perfeitamente na Europa. Pois, o estacionamento poderia ser um problema. Então selecionamos os trechos em que pegaríamos o carro e assim fizemos 2 trechos maiores de carro e os demais de trem.
Nosso roteiro resumido vem à seguir e será dividido em etapas.
1ª etapa: Depois de descansar da nossa viagem aérea explorando Paris, alugamos o carro a partir do dia 4, ao chegarmos em Chartres e devolvemos em Giverny. O trajeto de Paris até Chartres foi feito de trem e de Giverny a Paris, idem. Nessa etapa exploramos a região do Valle de la Loire e seus incríveis castelos, o Mont Saint Michel, a região da Normandia e sua relação com a Segunda Guerra Mundial e finalizamos com os belíssimos Jardins de Monet, em Giverny.
Etapa 1 do roteiro
dia 1: chegada em Frankfurt
dias 2 e 3 - Paris
dia 4: Chartres, Orleans e Blois
dia 5: Blois, Amboise e Tours
dia 6: Tours, Villandry e Beauvoir
dia 7: Mont Saint Michel e Pointe du Hoc
dia 8: Gold Beach, Caen e Etretat
2ª etapa: Voltamos à Paris e seguimos de trem para Brugge, na Bélgica e para Luxemburgo. Esse trecho da viagem nos permitiu curtir quase todos os países do BENELUX e seus encantos. Ficamos devendo a Holanda para uma próxima vez.
Etapa 2 do roteiro
dia 10: Paris
dias 11 e 12: Bruges
dias 13 e 14: Luxemburgo
3ª etapa: nessa etapa conhecemos a região da Alsacia, que fica na fronteira com a Alemanha e foi alvo de disputa entre os dois países. Região também conhecida pela culinária e pelos vinhos, tem uma arquitetura própria. Aproveitamos para ir até o Europa Park para um dia de diversão com nossos adolescentes. Esse trecho também foi todo feito de carro.
Etapa 3 do roteiro
dia 15: Metz
dia 16: Riquewihr, Eguisheim e Colmar
dia 17 e 18 - Freiburg (Alemanha)
4ª etapa: nessa etapa conhecemos um pouco da Suíça e da região francesa do Rhône-Alpes, onde estão localizados os Alpes suíços e franceses. Devolvemos o carro ao sair de Grenoble e fizemos o trajeto para Lyon e Paris novamente de trem. Nos despedimos da França em Paris e voamos para Frankfurt. Dessa vez ainda tivemos tempo de conhecer um pouco a cidade.
Etapa 4 do nosso roteiro
dia 19: Montreux (Suíça)
dia 20: Gruyères (Suíça) e Grenoble
dia 21e 22: Grenoble e arredores
dia 23: Chamonix e Grenoble
dias 24 e 25 - Lyon
dias 26 e 27 - Paris
dia 28 - Frankfurt (Alemanha)
dia 29 - Retorno para Recife
E assim passamos um mês maravilhoso em família, com histórias e paisagens que ficarão pra sempre na nossa memória. Claro que não deu pra explorar tudo, né? O que nos deixa a possibilidade de voltar pra cada um desses lugares.
